O Papa Francisco foi sepultado neste sábado, 26 de abril de 2025, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, conforme seu desejo pessoal. A cerimônia fúnebre, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, ocorreu na Praça de São Pedro e contou com a presença de aproximadamente 400 mil fiéis, além de delegações de mais de 200 países, incluindo chefes de Estado e membros da realeza. ​

O Brasil foi representado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva, que prestaram homenagens ao pontífice argentino, reconhecido por seu compromisso com a justiça social e a inclusão. Durante a cerimônia, o cardeal Re destacou a humildade e a dedicação de Francisco aos mais necessitados, lembrando seu legado de compaixão e diálogo inter-religioso.

Francisco, que faleceu em 21 de abril aos 88 anos, optou por um funeral simples, rompendo com tradições seculares do Vaticano. Ele solicitou ser enterrado em um caixão de madeira revestido de zinco, sem os tradicionais três caixões, e dispensou o uso do catafalco. Seu túmulo, marcado apenas com a inscrição "Franciscus", está localizado próximo ao ícone da Virgem Salus Populi Romani, pelo qual tinha profunda devoção.

Com a morte do pontífice, inicia-se o período conhecido como "sede vacante", durante o qual os cardeais se preparam para eleger o novo Papa. O conclave, que reunirá 135 cardeais com menos de 80 anos, está previsto para começar entre 6 e 11 de maio, conforme as normas estabelecidas pela Igreja.

Durante esse período, os cardeais participam de congregações gerais para discutir os desafios atuais da Igreja e as qualidades desejadas no próximo líder. As votações ocorrerão na Capela Sistina, em sessões diárias, até que um candidato alcance a maioria necessária para ser eleito. O anúncio do novo Papa será feito com a tradicional fumaça branca e a proclamação "Habemus Papam"

O legado de Francisco, marcado por uma abordagem pastoral centrada na misericórdia e na inclusão, deixa um impacto duradouro na Igreja Católica. Sua decisão de simplificar os ritos funerários e escolher um local de sepultamento fora do Vaticano reflete seu compromisso com a humildade e a proximidade com o povo.