O número de consumidores inadimplentes em Goiânia registrou um novo recorde, conforme dados divulgados nesta semana pelo SPC Brasil. O levantamento, realizado com base nas informações da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Goiânia, aponta que a inadimplência na capital goiana cresceu 8,77% na comparação entre janeiro de 2025 e janeiro de 2024. Na análise mensal, houve um aumento de 0,24% em relação a dezembro do ano passado.
A pesquisa também detalha o perfil dos devedores. O grupo etário mais impactado é o de consumidores entre 30 e 39 anos, que representa 25,60% dos inadimplentes. No recorte por gênero, os homens lideram o ranking, correspondendo a 51,06% dos negativados, enquanto as mulheres representam 48,94%.
Valor e tempo médio das dívidas
Em média, cada consumidor inadimplente na capital devia R$ 5.311,82 no mês de janeiro. As dívidas de até R$ 500 correspondiam a 27,56% do total, enquanto os débitos de até R$ 1.000 representavam 40,55% dos registros. O tempo médio de atraso no pagamento das contas foi calculado em 28,3 meses. Entre os devedores, 43,26% estão com pagamentos atrasados entre um e três anos.
Números e locais das dívidas
A quantidade de contas em atraso dos moradores da capital aumentou 10,86% em janeiro de 2025, comparado ao mesmo período de 2024. Já na passagem de dezembro para janeiro, o crescimento foi de 2,21%. O setor bancário lidera a lista dos segmentos com maior índice de inadimplência, respondendo por 63,28% dos débitos em aberto. Em seguida, aparecem outros setores (15,15%), serviços essenciais como água e energia elétrica (7,80%), comércio (7,25%) e comunicação (6,52%).
Gerente de negócios da CDL Goiânia, Wanderson Lima defende um olhar mais atento sobre a faixa etária em que se concentra o maior número de dívidas. “O grupo etário mais afetado, indivíduos de 30 a 39 anos, é justamente onde estão as pessoas bem ativas profissionalmente. Por isso, é necessário que se pensem estratégias que estimulem a educação financeira e promovam um equilíbrio orçamentário sustentável.” Lima observa que o cartão de crédito pode ser o grande desafio. “Não é à toa que setor bancário lidera a lista dos setores com maior índice de inadimplência,” finaliza.