É fácil encontrar em Anápolis, a 60km de Goiânia, quem conheça o Galpão Skate Park. O espaço, inaugurado em 1995 pelo professor Paulo Roberto Ribeiro, o Paulinho do Galpão, desempenha papel fundamental no desenvolvimento do esporte na cidade e região. Recebe atletas e curiosos que buscam aprender mais sobre a modalidade.
Há um ano, Paulinho estava em uma aula quando sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Ele conta que sentiu um leve formigamento nos pés, seguido de mal-estar. Pediu ajuda, e logo o socorro foi acionado.
Levado à unidade de pronto atendimento, foi acolhido pela equipe médica. "O médico me disse que foi um coágulo que se desprendeu e chegou até o cérebro. A pressão estava alta. Na hora, eu fiquei desesperado", relembra o professor.
Paulinho ainda sofreu mais seis AVCs. Entre as sequelas, destaca-se a paralisia do lado esquerdo do corpo, que dificultou a locomoção e ainda impede o apoio com o braço e o uso da mão. Contudo, o dedo indicador tem apresentado bons sinais de recuperação.
Em tratamento médico, o professor de skate também recebe acompanhamento da fisioterapeuta Amanda Brandão, que cuida de seu caso com grande atenção. "Quando vamos fazer um exercício deitado, por exemplo, ele levanta a perna com dificuldade, mas consegue. Não fazia exercícios para panturrilha, mas hoje já consegue. É nos pequenos detalhes que percebemos a evolução", destaca a fisioterapeuta.
Líder de um movimento para incentivar a prática do skate, Paulinho é visto como exemplo de superação. Mesmo diante das maiores dificuldades impostas pela vida, ele não desistiu do sonho e do propósito de ver o Galpão e os praticantes da modalidade crescerem a cada dia.
Em entrevista ao Conexão Diária, ele revelou que o trabalho não para. Ainda deseja fazer muito pelo skate. "Estou focado no Galpão, firme e forte. Preciso de estímulo. Inclusive, estou com vários projetos", conclui Paulinho.