O governo dos EUA anunciou incentivos fiscais à Intel nesta quarta-feira (20) sob a Lei de Chips, aprovada em 2022 com o objetivo de restabelecer os Estados Unidos como líder na fabricação de semicondutores.
O plano da Intel inclui a transformação de áreas vazias próximas a Columbus, em Ohio, no “maior local de fabricação de chips de IA do mundo”. Estima-se que as fábricas estejam operacionais a partir de 2027 ou 2028.
Além disso, o projeto da Intel envolverá a modernização de instalações no Novo México e Oregon, bem como a expansão das operações no Arizona, onde a concorrente Taiwan Semiconductor Manufacturing está construindo uma grande fábrica. Essa iniciativa também deve receber apoio financeiro do presidente Joe Biden. Como resultado do anúncio, as ações da Intel subiram 4%.
Segundo a Reuters, o apoio do governo à Intel pode auxiliar a empresa a revitalizar seu modelo de negócios. Por décadas, a Intel liderou o mundo na fabricação dos semicondutores mais avançados e compactos, mas perdeu essa vantagem competitiva para a TSMC na década de 2010. Desde então, suas margens de lucro diminuíram consideravelmente à medida que reduzia os preços para manter a participação de mercado com produtos inferiores.
Em 2021, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, afirmou que a empresa voltaria a ser a número 1, porém precisaria do apoio do governo para isso. Com a nova assistência garantida, a empresa está pronta para agir: de acordo com o CEO, 30% do plano de US$ 100 bilhões serão destinados a custos de construção, incluindo mão de obra, enquanto o restante será direcionado à aquisição de ferramentas de fabricação de chips de outras empresas. Gelsinger também sugeriu que, apesar do incentivo recebido, a Intel poderá precisar de mais apoio no futuro, prevendo uma nova rodada de investimentos.
